domingo, 30 de junho de 2013

REFLEXÃO DE D. HENRIQUE SOARES DA COSTA SOBRE O PECADO

D. Henrique Soares

Por que temos dificuldade em cumprir os mandamentos? Por que tanta vez o Evangelho nos parece pesado e exigente demais?

É que entre o homem como Deus sonhou e o homem atual, concreto, há a triste realidade do pecado, que entortou o nosso coração e nos desfigurou. Queremos o bem, queremos a verdade, queremos a paz, queremos a vida... Mas as procuramos de modo errado, numa triste ilusão de uma irracional e infantil autonomia.

O pecado nos dá a falsa ilusão de nos bastarmos a nós mesmos e nos faz sentir Deus como um intruso; o pecado nos desequilibrou interiormente, fez-nos perder aquela integridade que Deus sonhou para nós.

Por isso, concretamente, a comunhão com Deus, que é o nosso “natural” se nos torna tão penosa... Por isso, o mundo se afastou de Deus, por isso também nós somos tentados a fazê-lo... Somos constantemente tentados ao pecado original: pensar que somos deuses, que nos bastamos, que podemos, nós mesmos, garantir nossa vida e nossa felicidade, que sabemos por nós mesmos o que é o melhor para nós, independentes de Deus e até contra Deus... É o meu pecado, o seu pecado original...
 
D. Henrique Soares da Costa
Bispo Auxiliar de Aracajú/SE

quinta-feira, 27 de junho de 2013

REFLEXÃO DO EVANGELHO DE HOJE COM O Pe. JOSÉ OTÁCIO DE OLIVEIRA.

Pe. José Otácio
 
 
Mt 7,21-29 “NEM TODO AQUELE QUE DIZ 'SENHOR, SENHOR ENTRARÁ NO REINO DO CÉUS”. Profetizar, expulsar demônios e fazer milagres, ações que expressam o poder de Deus, podem ser permitidas por ele mesmo a pessoas que estejam fora da vontade dele. Que mistério! Essa palavra nos alerta do perigo da rotina no cumprimento das coisas de Deus: gestos de culto, orações e ações sem a alma da obediência à vontade de Deus. Fazer a vontade do Pai, eis o que interessa! Veja como é importante esse tempo que dedicamos a escutar a Palavra diariamente, pois onde melhor poderemos colher a porção de vontade de Deus para cada dia, senão na Palavra que nos é dada pela mãe Igreja? A Palavra é a rocha sobre a qual se constrói uma casa existencial sólida. Faço a mim e desejo que sinta feita também a você a seguinte indagação: qual é a vontade de Deus pra mim no momento presente? Estou nela? A vontade de Deus é o anteparo da nossa vida; ela é a torre forte contra o inimigo.
 
 
Pe. José Otácio Oliveira Guedes
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói/RJ
Já foi Vice-Reitor do Seminário São José de Niterói/RJ
Atua no Seminário São José de Niterói
Assessor da
Pastoral Universitária da Arquidiocese de Niterói



segunda-feira, 10 de junho de 2013

REFLEXÃO DO EVANGELHO DE HOJE COM O Pe. JOSÉ OTÁCIO DE OLIVEIRA GUEDES

Pe. José Otácio
 
Mt 5,1-12: “BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS”. Como assim? Afirmação como esta sinaliza a origem divina dos evangelhos. Quem de nós colocaria os aflitos entre as pessoas felizes? Os pobres, os mansos e os aflitos estão aptos a receber a bênção do Reino, a plenitude de vida dada de forma não merecida. Os aflitos estão mais dispostos, pois sabem não poder esperar do mundo a consolação. A felicidade do Evangelho nos alcança quando não aguardamos “deste mundo” nosso consolo, quando nos convencemos que não se trata somente de um erro de estratégia nossa insatisfação, mas é uma exigência que nada daqui possa atender. O cristão não espera deste tempo, nem neste tempo a realização do Reino. Realmente não está de tudo errado quem nos acusa de sermos “transmundanos’, enquanto nós negamos a viver daqui como fonte última de vida. Nós vivemos o princípio paulino do ‘como se não’: os que compram, os que se alegram, os que se casam, como se não... Essa é a lógica do Evangelho; não é segundo a carne e o sangue. Deixemos que o Evangelho nos transforme, não mudemos o Evangelho, colocando-o nos limites da nossas conveniências mundanas. Em Jesus está a máxima vida, ele é a fonte de vida e do jeito de viver.
 
 
Pe. José Otácio Oliveira Guedes
Sacerdote da Arquidiocese de Niterói/RJ
Já foi Vice-Reitor do Seminário São José de Niterói/RJ
Atua no Seminário São José de Niterói
Assessor da
Pastoral Universitária da Arquidiocese de Niterói